Se o seu filho está sempre cansado, com falta de ar e de apetite, com taquicardia, dificuldade de concentração e preguiça de brincar, fique atento! Ele pode estar com falta de ferro, que causa a famosa anemia ferropriva, também pode afetar os maiores e, em longo prazo, comprometer seu crescimento e desenvolvimento.
As crianças maiores, por estarem em fase de crescimento acelerado, precisam de mais ferro no corpo e, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a quantidade insuficiente, além de baixar a oxigenação e gerar desconforto, também pode causar problemas como cáries dentárias, alteração na imunidade e no desenvolvimento audiovisual.
Por volta dos dois anos de idade, as crianças começam a ser mais seletivas na alimentação; na maioria das vezes, isso é passageiro e os pais têm que ter bastante jogo de cintura e paciência para contornar a situação. Alguns acabam “ganhando” o jogo e deixam de comer carnes ou tomam leite em excesso – muitas vezes trocam refeições por leite ou bebem o líquido muito próximo da hora de comer.
Vale lembrar que o ferro é o metal mais presente no corpo humano, e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para manter todos os órgãos funcionando bem.
Falta de ferro X alimentação
“Dra., e nessa fase tão seletiva do paladar, o que oferecer para a criança?”. A falta de ferro e a anemia ferropriva, sem dúvidas, estão conectadas com uma alimentação insuficiente ou inadequada.
O Ministério da Saúde recomenda diversos alimentos para você tentar incluir na dieta da criança – lembrando que as crianças se espelham nos mais velhos, por isso é importante a família dar exemplo dentro de casa.
● Os alimentos com melhor biodisponibilidade – capacidade do corpo aproveitar o nutriente – são as proteínas animais, principalmente as carnes vermelhas;
● Também é possível encontrar o ferro nos vegetais de folhas escuras, como agrião, couve e cheiro-verde;
● Grãos integrais ou enriquecidos, nozes e castanhas também podem complementar a alimentação das crianças mais velhas.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o leite e o ovo não são fontes importantes de ferro. O leite, inclusive, possui uma substância que inibe a absorção adequada do mineral, por isso os derivados devem ser oferecidos em refeições diferentes. Já os vegetais famosos por conter ferro, como por exemplo o feijão e a beterraba, têm baixa biodisponibilidade – que é a capacidade do corpo de aproveitar este nutriente.
Excesso de ferro também faz mal?
O excesso de ferro no corpo costuma ser causado geralmente por uma doença familiar chamada hemocromatose, e é muito difícil ser conquistada apenas com a alimentação (carne, beterraba ou feijão, por exemplo), ou pelo uso de suplementação, então podem ficar tranquilos e sempre busquem orientações do médico do seu filho!
Quanto à alimentação, tudo é questão de equilíbrio – que previne outras complicações no funcionamento do corpo. É sempre importante fazer o acompanhamento com um pediatra e hematopediatra para fazer a reposição no momento e medida certa, para evitar problemas futuros.
O corpo sempre encontra uma maneira de demonstrar o que está acontecendo de errado – e isso também se aplica às crianças –, por isso é essencial estar atento às mudanças físicas e de comportamento delas para realizar o tratamento correto.
Tem dúvidas sobre a falta de ferro? Entre em contato e agende a sua consulta pelo WhatsApp. Estou à disposição para cuidar do seu filho!