O autismo ou TEA (transtorno do espectro autista) é uma síndrome comportamental do desenvolvimento que se caracteriza por dificuldade de interação social, déficit qualitativo e quantitativo da linguagem e comportamento estereotipado. Possui causas múltiplas, é genético e, portanto, presente desde o nascimento.
Mais comum em meninos, os sintomas aparecem até os três anos de idade. Porém, desde bebê já se pode perceber algumas indicações: falta de contato visual do neném com a mãe durante a amamentação, falta ou atraso importante dos balbucios ou tentativas de comunicação quando estimulados e falta de interesse pela face humana.
De acordo com o desenvolvimento, surgem novos sinais e sintomas, que se manifestam de diferentes maneiras em idades diversas – não apontar o dedo quando quer algo, usar os brinquedos de forma não usual, brincar apenas com as rodinhas dos carrinhos ou apenas separá-los por cor, alinhá-los ou empilhá-los. Sinal expressivo é também não querer brincar com outras crianças e apresentar alguns surtos nervosos quando saem da rotina.
Descobrir cedo e abraçar a condição
A classificação atual do autismo é de transtorno leve, moderado e severo, sendo o leve de mais difícil percepção e, muitas vezes, com descoberta tardia. Por isso, é imprescindível o diagnóstico precoce.
Desde o nascimento, os pais e, principalmente, o pediatra devem estar atentos aos primeiros sinais para reduzir a gravidade. Visitar o médico com regularidade é essencial e, se possível, realizar um acompanhamento com o mesmo pediatra facilita percebê-los precocemente.
O tratamento consiste em abordagem multidisciplinar (pediatra, neurologista, pedagogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional) e uso de medicação, se necessário. Com diagnóstico e tratamento definidos antes dos três anos de idade, é mais tranquila a inclusão da criança na escola.
Se você identificou que seu filho tem autismo ou tem dúvidas, lembre-se de que o primeiro passo é procurar um pediatra, para que diagnóstico e orientações possam ser feitos.
Esta é uma condição que acompanhará seu filho ao longo da vida; por isso, é importante aprender novas formas de lidar com ele e de educá-lo, reconhecendo suas dificuldades e anseios.
Com acompanhamento e amor, as crianças autistas conseguem se desenvolver e se integrar melhor à sociedade.