Amor, prevenção e desenvolvimento: amamentar é tudo de bom!

Postado em 3 de agosto de 2017 por .

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Dra. Márcia Fonseca, pediatra geral da Clínica Pediátrica Pueritia

Não se trata de uma questão de escolha ou preferência: amamentar é essencial para evitar doenças e garantir melhor qualidade de vida ao bebê. Há, claro, o fortalecimento do vínculo entre a mulher e a criança, extremamente importante para seu desenvolvimento. Mas, além disso, já está comprovado que o aleitamento materno afasta alergias, reduz chance de colesterol, diabetes e obesidade, surte efeito positivo no desenvolvimento da inteligência e afasta a possibilidade de morte infantil por diarreia e infecções respiratórias.

Trago este assunto porque estamos na 25ª Semana Mundial de Aleitamento Materno: ela é celebrada em 120 países, nos primeiros dias de agosto. A cada ano, um tema é definido para ser discutido e, neste foi “Trabalhar juntos para o bem comum“.

Diversas ações são realizadas em todo mundo e no Brasil por hospitais, ONGs, casas de amamentação e parto. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também instituiu o “Agosto Dourado – porque amamentar vale ouro“, defendendo que o mês todo seja voltado à conscientização da importância da amamentação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza aleitamento materno exclusivo – sem água, chá, frutas ou outros alimentos – até os seis meses de vida e, após a introdução de novos alimentos, até os dois anos ou mais.

A importância do assunto, e o interesse em promover e aumentar a taxa de aleitamento materno exclusivo, residem nas vantagens que a ação traz para o bebê e a mãe. Segundo o Ministério da Saúde, amamentar:

1) Fortalece  o vínculo afetivo mãe-filho – a amamentação é uma forma especial de comunicação entre a mãe e o bebê.

2) Evita mortes infantis, principalmente por diarreia e infecções respiratórias – o leite materno fornece proteção contra várias infecções, especialmente durante aleitamento materno exclusivo (primeiros seis meses de vida).

3) Menores custos financeiros – é de graça!

4) Diminui risco de colesterol alto, hipertensão e diabetes – benefícios em longo prazo. Indivíduos que foram amamentados apresentam menores índices em comparação aos não amamentados.

5) Diminui risco de alergias – principalmente à proteína do leite de vaca, dermatite atópica, asma e sibilos recorrentes, entre outras.

6) Melhor desenvolvimento da cavidade bucal – o mecanismo de sucção do seio é importante para o desenvolvimento da cavidade oral e palato duro, afetando diretamente as futuras funções de mastigação, deglutição, respiração e fala.

7) Melhor nutrição – o leite materno é específico para o bebê  da espécie humana e consegue suprir sozinho as necessidades nutricionais da criança até seis meses de idade.

8) Efeito positivo na inteligência – substâncias presentes no leite materno otimizam o desenvolvimento cognitivo e cerebral.

9) Reduz chance de obesidade – crianças não amamentadas apresentam com maior frequência sobrepeso e obesidade após os três anos de idade.

10) Evita nova gravidez – se a amamentação for exclusiva e se a mãe ainda não tiver menstruado, a eficácia como método anticoncepcional é alta.

11) Proteção contra câncer de mama para a mãe – o risco diminui quanto maior o tempo de amamentação.

12) Melhor qualidade de vida – as crianças adoecem menos, há menos custos e menos situações estressantes.

amamentação

Convidamos todas as gestantes, seus amigos e familiares a se informar mais sobre o assunto e defender esta ação tão preciosa, que será decisiva para o melhor desenvolvimento e qualidade de vida da criança.

A Sociedade Brasileira de Pediatria defende que a presença do pediatra é fundamental, pois é o profissional a quem as mães e suas famílias recorrem quando enfrentam dificuldades para iniciar e manter a amamentação. Nós, da Clínica Pediátrica Pueritia, trabalhamos junto com as mamães para que o amamentar seja um momento único, valorizado e prazeroso. Abrace esta campanha e defenda a amamentação pelo bem das nossas crianças!