Abril Azul e a confiança nas vacinas: eu cuido, eu confio, eu vacino

Postado em 1 de abril de 2021 por .

Confiança nas Vacinas

Desde 2018, o Brasil não atinge nenhuma meta de imunização infantil – você sabe o impacto disso na sociedade? A campanha Abril Azul, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), com o lema “Eu cuido, eu confio, eu vacino”, tem como objetivo aumentar a confiança nas vacinas, principalmente em meio às fakes news e campanhas antivacinas – que colocam não só os pequenos, mas toda a população em risco.

Há cinco anos a confiança nas vacinas está em queda, e com a pandemia do novo coronavírus, os números caíram ainda mais: se em 2018 a vacina BCG atingiu 99,72% do público-alvo, até outubro de 2020 apenas 63,88% das crianças receberam a dose prevista.

O Brasil conta com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), referência internacional de saúde pública desde 1973, quando foi criado. No plano, 19 tipos diferentes de vacinas, que protegem contra 20 doenças, são distribuídas gratuitamente nas 37 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país – devemos usufruir disso sim!

Importância da vacinação

Se o país foi referência internacional em vacinação, foi porque a cobertura vacinal era alta. Números abaixo do esperado acendem o alerta para a reintrodução de doenças que já foram eliminadas, como o sarampo – o Brasil infelizmente perdeu o certificado internacional de erradicação em 2019, quando surgiram novos casos da doença.

Se a maioria das crianças estiver imunizada, cria-se a imunidade coletiva, também conhecida por efeito rebanho. Quando isso acontece, o micro-organismo ou patógeno não circula na comunidade e nem consegue se espalhar; ou seja, além de proteger o seu filho, o ato de vacinar também protege outras crianças que não podem receber imunizantes.

A baixa taxa de imunização também tem relação com a desinformação, com as notícias falsas  e com movimentos antivacina, que são tão perigosos quanto os micro-organismo – tudo isso faz com que a população perca a confiança nas vacinas. Desconfie ao receber mensagens sem ser de uma fonte segura ou sites de confiança – na dúvida, pergunte sempre ao pediatra da criança

Confie nas vacinas e não caia em mitos!

Separamos os principais boatos que circulam sobre a vacinação para desmistificar e tranquilizar pais e responsáveis:

  • A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a hepatite NÃO causam a síndrome da morte súbita infantil;
  • A criança pode receber mais de uma vacina ao mesmo tempo – isso NÃO vai aumentar o risco de complicações e nem sobrecarrega o sistema imunológico;
  • NÃO é melhor ser imunizado “pegando” a doença. É perigoso, e as vacinas estão disponíveis justamente para evitar que pessoas adoeçam – melhor prevenir do que remediar, certo?;
  • As vacinas NÃO são fatais e nem trazem riscos desconhecidos para o futuro da criança – muito pelo contrário: elas são seguras e protegem a vida. Pode sim ter reações, mas de forma leve e temporária, como dor no local e febre baixa nos primeiros dias;
  • A vacina do rotavírus NÃO causa alergia ao leite;
  • NÃO há nenhuma evidência científica de que vacina possa causar transtorno do espectro autista (TEA); ou seja, vacinas não causam autismo na criança.

Fique de olho nas datas de vacinação e programe-se para não atrasar as aplicações! Mesmo com a quarentena, é importante levar os pequenos ao posto de saúde mais próximo, seguindo as recomendações de distanciamento social no local e higiene das mãos – apenas um familiar deve acompanhar a criança, para não causar aglomerações. E mais: não há contraindicação para vacinar crianças que foram infectadas pelo novo coronavírus.

Vacinar é um ato de amor. Atualize a carteirinha de imunização do seu pequeno e consulte o pediatra regularmente!