Um ano depois: o que sabemos sobre o coronavírus nas crianças

Postado em 21 de janeiro de 2021 por .

Coronavírus em criança

Não existe uma competição para saber quem sofreu mais durante a pandemia de coronavírus, mas é claro que as crianças tiveram grandes desafios no período de quarentena – tanto no novo modo de aprender e ser alfabetizado pelas telas, quanto em ver as asinhas cortadas ao ter que brincar apenas dentro de casa e acumular tanta energia. É, não foi nada fácil.

Um ano depois do primeiro caso no mundo, já temos mais estudos e conhecimentos sobre a transmissão de coronavírus em crianças e, com a liberação da vacina, as esperanças para 2021 são renovadas!

Como sabemos, as crianças fazem parte do grupo menos contaminado da pandemia. A maioria é afetada com menos frequência do que o adulto, não desenvolve a doença de forma grave e fica assintomática, ou seja, não apresenta nem os sintomas leves. Ainda ninguém sabe explicar ao certo o motivo, mas muitos acreditam ter relação com uma resposta mais rápida e eficaz do sistema imunológico, ou então por uma diferença no número de receptores que se ligam aos vírus.

Grávidas passam coronavírus para o bebê?

Logo no início da quarentena, a principal preocupação das mamães era passar o vírus para os bebês durante a gravidez. A boa notícia é que estudos mostram que a transmissão vertical é pouco provável.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos com 127 grávidas apontou que, das 64 mulheres que testaram positivo, nenhuma contaminou o bebê. Ou seja, mesmo o vírus estando no sistema respiratório, não conseguiu ultrapassar a barreira da placenta para chegar até o bebê. Um alívio para as mamães, mas não é hora de bobear.

E a vacina: as grávidas vão poder tomar? As gestantes e lactantes não foram avaliadas durante os estudos das duas vacinas aprovadas no país, mas pesquisas em animais não demonstraram riscos de malformações. Para as mamães do grupo de risco, é interessante alinhar com o médico os riscos e benefícios, para então decidir sobre a aplicação, conforme indica a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Vacina de coronavírus para crianças

Conforme comentamos, as crianças não são o público-alvo da doença e fazem parte da faixa etária menos preocupante; sendo assim, não fizeram parte dos estudos e nem se sabe ao certo quando a vacina contra o novo coronavírus vai ser aplicada nelas. Mas, se a cobertura vacinal dos adultos for grande, é possível criar a chamada imunidade de rebanho, e isso já é satisfatório e impede que o vírus circule com facilidade.

No começo de janeiro, o Instituto Butantã anunciou que vai estudar a aplicação da vacina em 500 gestantes, em jovens e crianças, mas ainda não comentou detalhes e prazos.

Enquanto isso, o melhor a se fazer é continuar com os mesmos cuidados de antes: distanciamento, higienização constante das mãos e máscara – apenas nas crianças maiores de 2 anos e sempre sob supervisão de um adulto, conforme a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria devido ao risco de sufocamento.

Ah, e vale lembrar: não vamos deixar as outras imunizações de lado! As demais vacinas protegem contra várias outras doenças, e é muito importante manter a carteirinha de vacinação dos pequenos atualizada!

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