Coronavírus não é a única ameaça no Brasil

Postado em 10 de setembro de 2020 por .

A doença causada pelo novo coronavírus, a Covid-19, já afetou mais de 4 milhões de pessoas só no Brasil, sem contar as vítimas fatais pelo vírus. Na maioria dos casos, a infecção nas crianças é assintomática (elas contraem, mas não têm sinais). Então quer dizer que não devemos nos preocupar?

Nada disso! Mesmo que os casos graves sejam raros, eles existem, e ainda há os relatos dos que evoluíram para o que chamamos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica (inflamação generalizada no organismo). E como cuidar dos pequenos para evitar a Covid-19?

Manter o distanciamento social, especialmente dos mais velhos, vovôs e vovós, além de demais pessoas do grupo de risco, lavar as mãos e usar álcool gel regularmente, e colocar máscaras quando as saídas forem inevitáveis (lembrando que só nas crianças maiores de cinco anos, já de 2-5 anos é necessário avaliar caso a caso). Além disso, ao dar um breve passeio, procure horários e locais com pouco fluxo de pessoas, reforce o distanciamento e evite que a criança toque ou pegue em objetos de uso comum.

coronavírus

Os cuidados para evitar o novo coronavírus continuam, mas e a prevenção das outras condições que temos no Brasil, como, por exemplo, sarampo, gripe, outras doenças respiratórias (asma e pneumonia), dengue e até zika? Também não podemos nos esquecer delas e precisamos preveni-las, cuidar de nossas crianças!

Estudo identifica nova linhagem da zika

Desde 2015, nasceram aproximadamente 3.500 bebês com Síndrome Congênita da Zika (SCZ) e, agora, pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia descobriram uma nova linhagem do vírus da síndrome circulando recentemente no Brasil, e serve como alerta para a vigilância da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, das principais arboviroses (doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela) que circulam no Brasil, a zika não é alarmante em 2020; porém, essa situação pode mudar com a nova linhagem genética em circulação.

A prevenção é o melhor caminho! Com os dias mais quentes, não deixe de aplicar repelente também nos pequenos (mas atenção: somente a partir dos 6 meses), use telas protetoras para os bebês e elimine a água parada de casa.

As doenças que voltam à conta da baixa vacinação

Em meio à pandemia, atrasos e inexistência na busca pela vacinação também preocupam! Recentemente, foi divulgado que, pela primeira vez no século, Brasil não atingiu meta para nenhuma das principais vacinas infantis.

Os dados são do Programa Nacional de Imunizações, e foram publicados pelo jornal Folha de S. Paulo. E por que a preocupação é grande? Com uma meta menor de vacinação, há forte risco de doenças eliminadas aumentarem sua transmissão, como ocorreu com o sarampo em 2019 – justamente em decorrência do menor número de vacinação.

Os dados de 2019 mostram que 8 das 9 vacinas indicadas às crianças de até um ano tiveram queda na adesão. As vacinas contra poliomielite e tuberculose, por exemplo, chegam ao menor índice em ao menos 23 anos.

Esses números são muito preocupantes, já que o objetivo é cuidar e proteger de nossas crianças, certo? E como proteger? VACINANDO! O Brasil é um país que tem um dos melhores programas de vacinação gratuita do mundo – vamos tomar os cuidados com o novo coronavírus, mas não vamos nos esquecer de jeito nenhum de nos prevenir de outras ameaças!

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