A crise dos três meses realmente existe?

Postado em 1 de fevereiro de 2021 por .

Crise dos três meses

E simplesmente, do nada, o bebê parece virar a chavinha: começa a dormir menos, a ficar mais agitado, o choro fica mais agudo, não quer mamar, o colo não acalma, o berço não serve, e os pais, ficam desesperados. “Afinal, o que há de errado com o meu filho?” Sim, é a crise dos três meses, o período simbiótico.

O ditado popular conta que existem dois nascimentos: o biológico, que é o dia do parto, e o psicológico, também chamado período simbiótico. É por volta do fim do primeiro trimestre de vida que a criança entende que mãe e filho não são uma coisa só, e então começa a construir a imagem do outro – essa separação dói, mas é natural e esperada.

Para o bebê, é difícil “cortar o cordão umbilical” e entender que a ligação continua mesmo sem algo físico, daí o desespero e a ansiedade da criança em se desenvolver. Ela parece não estar confortável com nada, e muitos pais e responsáveis chegam ao consultório achando que é algo fisiológico, como cólica ou leite.

O que fazer quando o bebê está em crise?

A vontade de acolher o bebê e acalmá-lo é grande, e quando quase nada dá certo, é normal o desespero bater à porta. Sendo assim, respire e o coloque em seu colo; se estiver amamentando, dê peito, pois é onde ele encontra seu refúgio e se acalma – não crie nele um momento desconfortável.

Sabemos que é difícil pedir calma em um momento atípico, mas entenda que vai passar – a crise dura cerca de 15 dias e, se o desconforto permanecer por mais tempo, aí o pediatra é quem deve investigar se existem causas fisiológicas.

Enquanto esse período simbiótico não passa, o melhor a se fazer é conhecer os sintomas e os momentos da criança, e tentar dominar a ansiedade, tanto do pequeno quanto dos pais e responsáveis. Se o bebê sentir que está em um ambiente angustiante, vai ser mais difícil enfrentar a crise.

E nada de medicamentos! Esse momento é especial e importante para o crescimento do bebê, sendo um processo natural do desenvolvimento. Vale lembrar que nem todos passam por isso. Bebês choram, e essa é a forma deles se comunicarem com a gente.

Faça sempre o acompanhamento com o pediatra, que vai investigar e indicar o que de fato está acontecendo. Entre em contato conosco e marque já a sua consulta!