Dislipidemia: tratamento precoce previne complicações na vida adulta

Postado em 16 de julho de 2021 por .

A dislipidemia é uma condição que aumenta os níveis de gordura no sangue – representada pelo colesterol e triglicérides. Nosso organismo produz essas gorduras, mas quando elas estão muito acima do recomendado para a idade podem trazer consequências graves para a criança e complicações durante a vida adulta, como as doenças cardiovasculares. 

Ela pode ser classificada como primária, quando relacionada à genética da criança, ou secundária, quando é decorrente de outras patologias, como diabetes, hipotireoidismo, obesidade e insuficiência renal, entre outras. O uso de alguns medicamentos também pode provocar dislipidemia.

O LDL (lipoproteína de baixa densidade), também conhecido como colesterol ruim, é responsável por carregar o colesterol para as artérias, e o HDL (lipoproteína de alta densidade), ou colesterol bom, funciona como uma espécie de ‘faxineiro’, limpando as placas de gordura. 

O diagnóstico da dislipidemia

A avaliação para saber se há dislipidemia é indicada a partir dos dois anos de idade, apenas quando a criança tem histórico familiar de doença arterial coronariana (infarto, derrame) ou de hipercolesterolemia (excesso de colesterol), apresenta obesidade, diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os valores normais esperados em pacientes entre 2 e 19 anos são:

  • Colesterol <170;
  • LDL <110;
  • HDL >45;
  • Triglicérides < 75 (em crianças de até 9 anos) ou <90 (de 10 a 19 anos) com jejum de 12 horas.

Lembrando que os números podem ser influenciados por fatores genéticos, metabológicos, além de idade e sexo da criança. Apenas o pediatra especialista pode confirmar o diagnóstico de dislipidemia.

Dislipidemia

Mudança de hábitos no tratamento

Quando confirmado o diagnóstico de dislipidemia, é hora de mudar os hábitos: reduza os alimentos processados, ultraprocessados e carboidratos do prato da criança, incentive a ingestão de água e de alimentos ricos em fibras, e a prática de atividades físicas regularmente. 

Se a mudança no estilo de vida não trouxer sucesso ao tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos para ajudar no controle da condição. Portanto, mantenha as consultas com o pediatra e endócrino pediatra do seu filho em dia para um diagnóstico correto. O tratamento precoce ajudará a prevenir complicações na vida adulta. 
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