Febre amarela: sim, é sério, e precisamos agir rápido!

Postado em 15 de janeiro de 2018 por .

A febre amarela tomou conta de São Paulo e o cenário é preocupante. Ainda que, oficialmente, nenhuma morte de pessoas tenha sido registrada na cidade – as que aqui faleceram, contraíram a doença em municípios vizinhos –, a campanha do governo pela vacinação não ocorre à toa: o objetivo é evitar o surto, já que é preciso que pelo menos 80% da população seja imunizada para preveni-lo.

pediatras

Equipe médica da Clínica Pediátrica Pueritia

Em dezembro, quando identificada a febre amarela em macacos, apenas moradores e frequentadores da região norte da cidade foram aconselhados a tomá-la. Agora, a recomendação se estende a toda a população – e também a outros Estados.

 

O que a doença causa:

  • A febre amarela não passa de pessoa para pessoa; é transmitida por um mosquito contaminado;
  • Uma vez infectado, o paciente se torna depois imune, ou seja, não pegará febre amarela de novo;
  • Depois de três a seis dias de adquiri-la, pode haver febre, calafrios, mal estar, dores no corpo, ânsia e tontura. Há registros de pessoas que desenvolvem icterícia. Depois do sexto dia, a grande maioria tende a se recuperar;
  • Quem se recupera, tende a sentir cansaço e fraqueza por várias semanas;
  • Cerca de 20% das pessoas infectadas têm uma recaída após 24 horas de aparente melhora, e ela vem de forma mais intensa – pode haver, além dos sintomas acima, insuficiência renal e sangramento. Esses são os casos mais sérios, e metade deles pode chegar a óbito.

 

mosquito febre amarela

A febre amarela é transmitida por um mosquito contaminado, e não passa de pessoa para pessoa

Vamos tomar a vacina!

Quem deve ou não tomar:

  • Quem já tomou a vacina contra a febre amarela em algum momento da vida, não precisa tomar mais! A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a vacina com dose completa dura a vida toda;
  • Todos os indivíduos de nove meses a 60 anos, que não apresentam contra-indicação, devem tomar a vacina, principalmente se moram próximo ou vão viajar para áreas de risco;
  • Crianças a partir de seis meses de idade que sejam moradoras de áreas de risco também devem receber a vacina. No entanto, necessitarão de nova dose após os nove meses;
  • Mulheres gestantes devem procurar seus médicos – inicialmente, não seriam vacinadas, mas se estão em área de risco (e a área atual tende a aumentar progressivamente), é possível que tenham que recebê-la;
  • Mães amamentando crianças com até seis meses de idade não devem tomar ou, se morarem em áreas de risco, devem tomar a vacina e suspender a amamentação por dez dias;
  • Mães amamentando crianças maiores de seis meses de idade já podem (e devem) tomar sem precisar suspender o aleitamento;
  • Pessoas com mais de 60 anos devem consultar o médico antes de tomá-la;
  • Pessoas com alergias não graves a ovo também podem recebê-la, desde que permaneçam em observação por 30 minutos a uma hora após a dose, com médico preparado para tratar reações;
  • A vacina é contraindicada em quem é imunodeprimido, está em tratamento contra o câncer e a alérgicos graves (anafiláticos) a ovo.

vacina febre amarela

A nova vacina fracionada, que o SUS está compartilhando para cobrir toda a população e evitar o surto, é sim eficiente, mas valerá por pelo menos oito anos e terá que ser atualizada depois. A campanha de vacinação em São Paulo está prevista para começar em fevereiro, mas é possível que o governo a adiante, devido à grande procura nos postos.

Nas clínicas particulares, a dose oferecida é a completa, então ela não terá que ser refeita. Recomendamos que as famílias busquem a proteção, seja por meio público ou particular. Para quem precisa de mais informações, recomendamos esta página do Ministério da Saúde. Mas, na dúvida, sempre consulte um médico!

Busque a prevenção; espalhe esta notícia! Não vamos deixar que a febre amarela tome conta da nossa cidade e das nossas famílias!