Infecção congênita – doença infecciosa na gestação

Postado em 8 de agosto de 2019 por .

Você já ouviu falar em Infecção Congênita? Ocorre quando bactérias, vírus e parasitas passam da placenta da mãe e infectam o bebê durante a gravidez.

Por que é importante?

Algumas infecções adquiridas no útero ou canal de parto podem trazer sequelas no bebê e são responsáveis pelo aumento da morbi-mortalidade neonatal. Se forem diagnosticadas precocemente podemos direcionar o tratamento e evitar algumas complicações.

Dra. Rita Cardona (CRM 161446), Infectologista Pediátrica da Pueritia

Uma destas infecções tão falada recentemente na mídia foi a transmitida pelo Zika vírus; em 2016, foi confirmada a relação causal entre a infecção pelo vírus Zika em gestantes e a ocorrência de microcefalia em bebês. Mas no Brasil, na última década, tem aumentado a notificação de outras infecções; em 2017 foram notificados 24.666 casos de sífilis congênita e 206 óbitos por esta doença.

Quem são esses micro-organismos?

Os principais são toxoplasmose, sífilis, rubéola, citomegalovírus, HIV. Existem outros menos comuns como vírus herpes simples, hepatite B, hepatite C, Zika, parvovírus B19, enterovírus, varicela zoster. Algumas destas doenças podem ser assintomáticas na mãe.

Como faço para prevenir e diagnosticar?

Antes de engravidar, avise o seu médico do seu desejo, pois é possível realizar alguns exames de rastreio de alguma infecção congênita e tratar antecipadamente, evitando a infecção do bebê. É bom frisar que algumas podem ser transmitidas sexualmente, sendo orientado, por vezes, tratar o parceiro. Existe vacina para hepatite B e rubéola, sendo possível atualizar esquema vacinal antes de engravidar, protegendo você e o seu bebê.

Infecção congênita

Também é importante um bom seguimento durante o pré-natal com obstetra, com coleta de exames de sangue desde o primeiro trimestre até ao momento do parto, que permitam o rastreio das infecções. Se for diagnosticada alguma doença infecciosa, agende uma consulta antes do nascimento com o Infectologista Pediátrico, pois ele ajudará a orientar uma investigação precoce do seu bebê, tratamento adequado (se necessário) e acompanhamento.

O que o bebê pode manifestar?

O recém-nascido infectado pode nascer assintomático e só mais tarde manifestar clinicamente a infecção ou alguma sequela. Alguns nascem com malformações de alguns órgãos (como coração, osso), crescimento do corpo e/ou cabeça e ganho de peso anormal, alteração na visão e audição, lesões de pele, alterações nos exames de sangue (como função do fígado prejudicada) e de imagem (como calcificações no cérebro).

Como tratar o bebê?

O tratamento do recém-nascido varia dependendo do micro-organismo, dos sintomas apresentados e das alterações dos exames realizados. O Infectologista Pediátrico saberá guiar a dupla mãe – bebê no caminho mais adequado e pelo tempo que for necessário para o seu bebê crescer e se desenvolver da melhor forma possível.

Se quiser saber mais sobre infecção congênita, mande-nos um email, WhtasApp ou escreva em nossas redes sociais – para consultas, contamos com nossa Infectologista Pediátrica, Dra. Rita Cardona.