Há quem faça dos bebês verdadeiros pacotinhos embrulhados, com camadas e camadas de cobertores e roupas quentinhas. Mas, será que os recém-nascidos e os bebês sentem mesmo mais frio do que os adultos? Se eles falassem, seria bem mais fácil saber se estão confortáveis ou não, né? Por isso, separamos algumas dicas que podem ajudar a identificar.
A verdade é que eles até sentem um pouco mais de frio, mas nada muito exagerado! No primeiro mês de vida eles precisam de uma ajudinha extra para manter a temperatura, mas em geral, uma camada a mais de roupa que os adultos já é suficiente. O metabolismo dos bebês é mais acelerado, portanto o ganho de calor é mais rápido, mas a perda também pode ser.
Os recém-nascidos contam com uma camada protetora de tecido adiposo marrom, que protege o bebê da exposição ao frio a partir da transformação de gorduras e calorias em calor.
É importante lembrar que o excesso de roupa também pode fazer mal, sufocando e elevando muito a temperatura da criança, causando hipertermia. Bochechas rosinhas, cabelos molhados, temperatura corporal elevada e irritação podem ser sinais de superaquecimento. Inclusive, se o bebê estiver chorando, pode ser uma indicação de desconforto com a grande quantidade de roupas – ou a falta delas.
Conforme o bebê vai crescendo e se desenvolvendo, seu organismo consegue regular melhor a temperatura interna, e aos poucos é possível identificar se a sua criança é do time dos calorentos ou dos que sentem mais frio, e vestir o pequeno de modo ideal.
Checando a temperatura do bebê
A temperatura normal do organismo varia de 35,5º C a 37º C, e os pais só devem se preocupar se a temperatura estiver maior do que 37,8º C ou menor do que 35º C. Caso aconteça, é importante procurar ajuda dos médicos.
Para saber se o pequeno está com frio, o ideal é checar se o tronco e o abdômen estão gelados. Os pés e as mãos são extremidades do corpo e naturalmente ficam mais frias do que o restante do corpo, portanto nem sempre são parâmetros certeiros. Pelo mesmo motivo, os pezinhos devem ser aquecidos com meias.
Também é importante prestar atenção se o bebê está mais irritado e pálido do que o normal, além de apresentar lábios levemente arroxeados, que indicam as baixas temperaturas.
Confira outras dicas sobre o frio e os bebês:
- Apesar de a lã ser muito usada por ser quentinha, o mais indicado é vestir o bebê com roupas de algodão, nem que seja por baixo, apenas para evitar lesões e ressecamento da pele devido ao contato direto, pelo menos nos dois primeiros meses de vida.
- Durante a noite, normalmente a temperatura do ambiente diminui, mas cobertores soltos e cueiros não são recomendados nos seis primeiros meses de idade, pois aumentam o risco de morte súbita. Para dias mais frios, quando possível, esquente o quarto com aquecedores, por exemplo.
E lembre-se, se o bebê estiver suando muito, com o cabelo molhado e demonstrar incômodo pelo excesso de peças e cobertas, tire algumas, sem culpa.
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