Quando os bebês são recém-nascidos, qualquer evento um pouquinho diferente já causa muita preocupação entre os pais e responsáveis – principalmente entre os de primeira viagem. O refluxo do bebê é uma dessas condições que causa espanto, mas saiba: é algo comum e faz parte do desenvolvimento do seu filho.
O refluxo gastroesofágico é um distúrbio gastrointestinal funcional. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a condição pode acometer cerca de 60% dos bebês lactentes, entre as três primeiras semanas de vida até os 12 meses de idade, e os episódios podem acontecer várias vezes ao dia.
Durante os episódios de refluxo do bebê, o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, podendo exteriorizar ou não pela boca (a famosa regurgitação). A condição acontece porque o sistema gastrointestinal ainda está muito imaturo, e há um relaxamento do esfíncter esofágico inferior (EEI). Conforme a criança se desenvolve, o EEI começa a trabalhar corretamente e esses episódios começam a diminuir.
Quando o refluxo do bebê é preocupante
O refluxo do bebê e a regurgitação, na maioria dos casos, são super normais e fazem parte do desenvolvimento do sistema gastrointestinal da criança. Porém, se além desse sintoma o bebê apresentar déficit no crescimento e desenvolvimento, perda de peso, irritabilidade constante, recusa alimentar e anemia é importante investigar alguma patologia – em especial a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
É importante lembrar sempre que nem todo sintoma é motivo para pânico. E que deve-se avaliar a condição clínica da criança cautelosamente antes de fechar um diagnóstico.
Sendo o refluxo do bebê parte do desenvolvimento, ele não necessita de tratamento medicamentoso, pois os episódios não geram prejuízo e diminuem conforme o crescimento. O acompanhamento regular com o pediatra é essencial para esclarecer dúvidas, tranquilizar os pais e orientar possibilidades de tratamento não farmacológico.
Já os casos de DRGE necessitam de outros cuidados, que são indicados e acompanhados pelo gastropediatra. A orientação que não seja por um especialista pode causar piora dos sintomas ou sua manutenção.
Dessa forma, as consultas com o pediatra são fundamentais para identificar alguma alteração precocemente. Além disso, sempre que surgirem dúvidas sobre o aleitamento ou o sistema gastrointestinal do bebê, converse com um especialista gastropediatra. Se precisar, estou à disposição na Clínica Pueritia para te auxiliar nesse cuidado – agende a consulta do seu bebê pelo WhatsApp!