Amamentação do bebê prematuro é importante e tem que ser incentivada

Postado em 8 de janeiro de 2021 por .

Amamentação Prematuro

O aleitamento materno é a fonte mais preciosa para a saúde da criança, já que transmite anticorpos, previne doenças e garante a nutrição. No caso de bebê prematuro, a amamentação é ainda mais necessária; porém, às vezes, mais difícil por conta dos períodos de internação – mas não desanime: ela é possível!

Para todo bebê prematuro, existe uma mãe prematura também, ou seja, o leite produzido é diferente do que a mulher produz quando o pequeno nasce a termo (entre a 37ª e 42ª semana da gestação), em questão de quantidade de proteínas e calorias, mas todos os leites são adequados para as crianças.

Nas primeiras 24h após o parto, uma equipe especializada deve estimular a mama da mãe para extrair o colostro. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é possível realizar a “colostroterapia”, aplicando algumas gotas do primeiro leite na boca do bebê prematuro para ajudar a defesa do organismo.

Os prematuros muito extremos, que ainda não têm reflexos de sucção e deglutição, e nem maturidade gastrointestinal, acabam recebendo soro nos primeiros dias, e com o tempo é possível acrescentar à nutrição parenteral total todas as proteínas, vitaminas e minerais de que o bebê precisa para ganhar peso e se desenvolver.

Os bebês que já têm a maturidade gastrointestinal podem receber o leite materno ou até mesmo fórmulas na falta de leite humano, através de uma sonda no nariz ou na boca.

Afinal, o que é considerado um bebê prematuro?

A gestação humana tem duração aproximada de 40 semanas, sendo considerada prematuridade todo nascimento que ocorre antes da 37ª semana.

No Brasil, a taxa de nascimentos prematuros varia entre 11,5% a 12%. Isso significa que aproximadamente 340 mil bebês prematuros nascem por ano no país. Uma rede de suporte para a família, com apoio e orientação, é essencial para passar por esse momento delicado. Já conversamos sobre a prematuridade aqui no blog, e você pode conferir o texto na íntegra clicando aqui.

Como me preparar para a amamentação se o bebê ainda está na UTI?

Mesmo que ainda não tenha previsão de quando o bebê prematuro vai poder mamar no peito, é essencial pensar na amamentação, já que ela é responsável por diversos benefícios no organismo da criança – em algum momento, o leite materno será utilizado com todo amor! Além disso, a mamãe pode ajudar coletando o precioso líquido para ajudar a abastecer os estoques dos bancos de leite!

O contato com o bebê é o maior incentivo para aumentar a produção natural de leite; por isso, a participação da mãe na Unidade Intensiva Neonatal (UTIN) é muito importante. Mesmo que não seja para amamentar, o contato pele com pele deve ser incentivado sempre que possível, pois ajuda na recuperação e no amadurecimento, além de fortalecer o vínculo entre mamãe e recém-nascido.

Quando tudo entrar nos eixos, é importante manter a alimentação da criança com leite materno de forma exclusiva até os seis meses, e, quando possível, até os dois anos. Enquanto isso, procure sempre orientação e suporte de profissionais, cuide da sua alimentação, e quando menos esperar, o bebê estará em seus braços em contato com o melhor lugar do mundo: o seio e o colo materno.