Cardiopatia congênita: a importância do diagnóstico precoce e tratamento

Postado em 12 de junho de 2020 por .

Junho chegou, e com ele a importância de falarmos sobre a cardiopatia congênita. No dia 12, é comemorado o Dia Nacional da Cardiopatia Congênita, e o mês também é dedicado ao tema, que tem o objetivo de valorizar a luta pelo diagnóstico precoce e acesso a um tratamento digno para todos os cardiopatas congênitos. E é por isso, que neste blog, vamos sanar algumas dúvidas sobre o tema!

Para começar, o que é cardiopatia congênita? Trata-se de uma doença que provoca uma alteração na estrutura ou função durante a formação do coração, dificultando a distribuição e chegada de sangue plenamente oxigenado nos diversos órgãos do corpo.

A cardiopatia congênita está́ presente desde o nascimento, mesmo que descoberta muito mais tarde, e acomete oito crianças em cada mil nascidos. Ela ocorre por um erro no desenvolvimento embrionário de uma estrutura cardíaca normal e das alterações do fluxo sanguíneo, resultantes desta falha, e que pode influenciar o desenvolvimento estrutural e funcional do restante do sistema circulatório.

Sem causa específica definida, gerada pela interação de vários fatores genéticos e ambientais, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os bebês com a condição podem apresentar cansaço excessivo e transpiração durante as mamadas ou até mesmo durante o sono; cianose (coloração azulada da pele), dificuldade no ganho de peso e irritação frequente também podem ocorrer. Já nas crianças maiores, o cansaço pode ocorrer durante as atividades físicas ou até mesmo na dificuldade de acompanhar o ritmo de outras crianças, crescimento e ganho de peso de forma inadequada e infecções pulmonares.

Cardiopatia congênita detectada na gestação: e agora?

Esperar um bebê já diagnosticado com cardiopatia congênita pode trazer dúvidas e medos – por isso, seguir o pré-natal, as orientações do cardiologista pediátrico e se cuidar é essencial.

Algumas cardiopatias são detectadas durante os exames de rotina e a gestante é orientada a realizar um ecocardiograma fetal – exame de ultrassom específico do coração do bebê, realizado após a 18ª semana de gestação, no qual é feito o diagnóstico da cardiopatia. Depois deste exame, o cardiologista pediátrico irá conversar com a família sobre a doença e, se indicado, planejar o parto.

Cardiopatia Congênita

Alguns bebês cardiopatas irão precisar de tratamento ainda no período neonatal, sendo necessário que o parto ocorra em um centro de referência com UTI, cardiologista pediátrico, cirurgião cardíaco e hemodinamicista. Na maioria dos casos não será necessário, pois grande parte das cardiopatias só terá repercussão mais tarde, após os 3 meses de vida, quando há queda da resistência vascular pulmonar (parte do processo de transição entre a circulação fetal e após o nascimento).

Nem toda cardiopatia contraindica o parto normal, podendo a via de parto ser escolhida pela mamãe e seu obstetra. Hoje em dia sabemos que não há benefícios em interromper a gestação de um cardiopata antes de completar 37 semanas de gestação, salvo em situações de risco materno e/ou fetal.

Ou seja, o acompanhamento é essencial desde cedo, ainda na gestação, para investigar e diagnosticar precocemente a cardiopatia congênita, se houver – essa ação ajuda (e muito) no tratamento. Informar-se com o seu médico de confiança para sanar as dúvidas e receber o direcionamento correto. Vamos aproveitar esse mês de junho para valorizar a importância dessa luta, compartilhe com os amigos e familiares!

Vale lembrar que a Pueritia está atendendo de forma presencial quando necessário, e também por consultas online, que são eficientes – estamos disponíveis no número: (11) 95698-8076 (WhatsApp).