Ecocardiograma fetal: entenda a importância desse exame pré-natal

Postado em 8 de fevereiro de 2023 por .

O coração é um dos órgãos mais importantes, não é à toa que é o primeiro a ser formado. Durante sua formação, diversas alterações podem ocorrer. Monitorar esse desenvolvimento de maneira adequada durante a gestação é essencial para evitar futuras complicações, por isso alguns exames são solicitados no pré-natal, entre eles o ecocardiograma fetal.

Trata-se de um ultrassom realizado por um profissional treinado para verificar o desenvolvimento, tamanho e funcionamento do coração do feto. A realização é recomendada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Pediatria por ser muito eficaz na identificação de possíveis patologias do coração que podem ser desenvolvidas no bebê durante a gestação, principalmente em casos de alto risco e pacientes com história familiar de doenças congênitas.

Segundo o Ministério da Saúde, as cardiopatias congênitas representam uma das mais relevantes causas de mortalidade no primeiro ano de vida, chegando de 2 a 3% entre as mortes neonatais.

Por isso o ecocardiograma fetal é tão importante: caso alguma alteração seja diagnosticada ainda no útero materno, a mamãe e o bebê podem receber um tratamento adequado, ainda na gestação e também no pós-parto.

Como é feito o ecocardiograma fetal?

É um exame simples, não invasivo e seguro. Para realização são utilizadas ondas sonoras de alta frequência, que são processadas e convertidas em imagens no monitor.

A paciente se deita sobre a mesa e através de um transdutor com gel conduzido sobre o abdome são obtidas as imagens do coração do feto para que o médico possa analisar suas estruturas e funcionamento.

Qual período gestacional ideal para realizar o exame?

Em alguns casos de alto risco que comprometem tanto a saúde da mãe quanto do bebê, o ecocardiograma fetal pode ser realizado ainda no primeiro trimestre de gravidez. Porém, o ideal é entre a 18ª e a 28ª semana de gestação, porque é quando o coração alcança um tamanho desejável para visualizar melhor as estruturas e avaliar possíveis alterações anatômicas e funcionais, como:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Arritmias cardíacas;
  • Defeitos estruturais;
  • Tumores cardíacos.
Dra. Ingrid Tremper, Cardiologista Pediátrica

O diagnóstico precoce auxilia no tratamento dessas condições, podendo ser realizada uma abordagem ainda dentro do útero ou a programação do parto em um serviço de referência com uma equipe de especialistas à disposição. A realização do ecocardiograma fetal ajuda a preservar vidas, assim como todos os exames de pré-natal. Ter a responsabilidade de manter todos em ordem é extremamente importante para a prevenção de complicações graves.

Se precisar de mais informações, eu, como cardiologista pediátrica da Clínica Pediátrica Pueritia, estou à disposição para te ajudar – entre em contato e agende a consulta do seu filho!