Frequência de evacuação do bebê: como identificar alterações

Postado em 2 de setembro de 2021 por .

É muito comum recebermos questionamentos dos pais e responsáveis sobre algumas alterações que podem aparecer no cocô do bebê, como aparência muito mole, cores esverdeadas ou amareladas, muitas evacuações durante o dia, ou quase 10 dias sem evacuar. Boa parte dessas mudanças fazem parte da frequência de evacuação do bebê, é normal e não é preciso entrar em pânico. 

Ritmo de evacuação nos primeiros meses

Durante os primeiros meses de vida, muitas mudanças acontecem com a criança e, consequentemente, também com o trato gastrointestinal. Nos primeiros meses é normal o bebê evacuar várias vezes ao dia, por conta de um reflexo gastrocólico mais exacerbado, e a cor também pode variar entre tons amarelos, marrons e verdes.

Entre o quarto e quinto mês, o ritmo de evacuação do bebê muda mais um pouquinho, e pode acontecer dele ficar até 10 dias sem fazer cocô – calma, isso não significa que ele está constipado, na imensa maioria das vezes não precisa se preocupar, ok? 

Depois da introdução da alimentação complementar já esperamos o padrão de evacuação “habitual”, que pode variar entre 3 vezes ao dia e 3 vezes na semana, sempre pastoso, sem gerar dor ou grandes esforços no bebê! 

Mudanças anormais na evacuação do bebê

Se o bebê recebe aleitamento materno exclusivo e faz um cocô mais durinho, como se fosse uma massinha de modelar, se tem a presença de sangue ou muco nas fezes, ou se elas estão brancas, é hora de procurar o pediatra para investigação, pois são mudanças anormais na evacuação do bebê.

Evacuação do bebê

Além disso, alterações no cocô acompanhadas de sintomas como vômitos, náuseas, gases, febre, suor, mudança de apetite e perda ou ganho de peso também são sinais de que há algo de errado com o ritmo intestinal do bebê. Procure um pronto-socorro mais próximo e marque uma consulta com o gastropediatra para avaliar a causa corretamente, combinado? 

A constipação e a diarreia são os questionamentos mais frequentes entre os cuidadores, mas existem diversas outras doenças que precisamos investigar antes de dar um diagnóstico final.

Ah, e o mais importante: nunca medique a criança sem orientação médica e nem use receitinhas da internet para tentar “resolver” qualquer alteração na evacuação do bebê. Como expliquei, algumas alterações são super normais, e não há com o que se preocupar.

O melhor a se fazer, antes de qualquer coisa, é conversar com o pediatra e tirar todas as suas dúvidas sobre as mudanças que podem acontecer durante o desenvolvimento da criança. Estou à disposição para te auxiliar com este cuidado – agende sua consulta!