Pode ser que você já tenha escutado o termo minipuberdade, ou puberdade em bebês, mas acalme-se: isso não é nada fora do normal e pode, sim, acontecer nos primeiros meses de vida da criança.
Esse processo pode durar até os 6 meses de vida nos meninos e até os 2 anos entre as meninas. É uma condição fisiológica em que ocorre a liberação de hormônios sexuais (eixo hipotálamo-hipófise-gônada), mas, em boa parte dos casos, não há mudanças corporais ou alterações que possam causar preocupação entre os pais e responsáveis.
Entre as meninas, esse período é importante para a maturação de folículos ovarianos. Já a minipuberdade em bebês dos sexo masculino está relacionada com a fertilidade e maturação de células testiculares, crescimento peniano, alteração da composição corporal e desenvolvimento da fala.
Entre os 6 meses e os 2 anos, conforme o sexo do bebê, é normal que ocorra essa produção hormonal. Depois dessa idade, a criança só volta a produzir esses hormônios sexuais durante a puberdade, por volta dos 8 ou 9 anos.
Alterações físicas durante a minipuberdade
Na minipuberdade das meninas, é possível que elas tenham uma telarca precoce; ou seja, o desenvolvimento do broto mamário de forma isolada – as mamas regridem até os 2 anos de idade.
Se após os 2 anos o broto mamário não desaparecer, pode ser um sinal de puberdade precoce, e é preciso avaliar cuidadosamente para que não prejudique o desenvolvimento da menina durante a puberdade.
O diagnóstico é feito com base em alguns exames complementares, como de sangue, raio x de idade óssea e ultrassom pélvico. De forma geral, a minipuberdade e a telarca precoce são condições benignas e que, em boa parte dos casos, não requerem tratamento.
Se houver alguma suspeita de puberdade precoce, é preciso passar por avaliação com o endócrino-pediatra para acompanhamento e possível tratamento.
Se ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, agende uma consulta comigo – vou avaliar e cuidar do caso do seu filho e cuidar!