O Setembro Amarelo é uma campanha mundial que acende um alerta para a prevenção do suicídio, bem como para a importância da saúde mental e emocional. Precisamos quebrar o tabu sobre o assunto, pois o sofrimento psíquico também é uma experiência que pode acometer as crianças, não apenas os adultos. Aprender a ouvi-las e entender a linguagem delas é um caminho para prevenirmos o suicídio.
Os adolescentes, por exemplo, estão vivenciando uma fase de muitas mudanças no corpo, de conflitos de identidade e de posicionamentos em meio à sociedade. Tudo isso pode ser delicado para alguns jovens. O apoio, a atenção, a paciência dos adultos e a abertura ao diálogo ajudam a tornar esse momento mais leve e fácil de encarar – afinal, um dia os pais e cuidadores também já foram jovens e sabem como pode ser difícil, não é?
Diálogo e acolhimento são essenciais
Sabemos que o dia a dia dos pais e cuidadores muitas vezes é exaustivo, mas as crianças e adolescentes precisam fazer parte da rotina diária. Os mais jovens precisam saber que há um laço de confiança e que eles têm uma rede de apoio que está à disposição para acolhê-los sem julgamentos – sim, sem julgamentos! Você tem realmente escutado seu filho, e não somente ouvido? Essa dica vale para além do Setembro Amarelo e deve se manter por toda a vida.
As crianças e adolescentes têm sido privados de momentos em comum com seus pares e até mesmo outros adultos. Restritos muitas vezes aos espaços escolares e aos compromissos da rotina, crianças e adolescentes podem perder o espaço do diálogo presencial e da observação atenta de seus cuidadores.
Objetivos do Setembro Amarelo devem se estender durante o ano
Alterações de humor, irritação sem causa aparente ou atitudes violentas, isolamento, deixar de manter os cuidados higiênicos, comentários negativos e assuntos sobre morte ou suicídio, automutilação ou tentativas de tirar a própria vida são sinais de alerta que os pais e cuidadores precisam observar constantemente – e torno a reforçar: sem julgamentos, e sim com acolhimento!
A criança e o adolescente precisam ser ouvidos e a ajuda de um profissional de saúde mental pode ajudar a entender o fenômeno e a lidar com as transformações que ocorrem.. Portanto, invista em falar sobre os sentimentos dentro de casa, saber o que está acontecendo ou incomodando o seu filho e coloque-se sempre à disposição para ajudar a resolver o problema.
Essa atenção também vale para os pais e cuidadores, que também podem precisar de ajuda – busque apoio, afinal, quando não estamos bem, não conseguimos cuidar de quem mais amamos.
A temática do Setembro Amarelo sobre cuidado, acolhimento e prevenção à vida deve se estender durante todo o ano. As condições psicológicas não escolhem idade ou uma fase específica para “aparecer”. Vamos juntos quebrar o tabu e falar sobre a saúde mental e demais assuntos que cercam o Setembro Amarelo. Se precisar, estou à disposição para te ajudar neste cuidado na Clínica Pediátrica Pueritia – agende a consulta do seu filho no nosso WhatsApp!