Você sabia que doenças ortopédicas, especialmente alterações posturais e lesões por sobrecarga (escoliose, tendinite em criança e bursites), podem ser confundidas com doenças reumáticas, como as artrites crônicas?
Isso porque o sintoma relatado pelo paciente e percebido pelos familiares pode ser dor articular, acompanhada por limitação de alguns movimentos e até por aumento de temperatura no local, em função da inflamação.
Com a pandemia e as aulas online, as crianças e adolescentes passaram a ficar mais tempo sentados na frente do computador – e muitas vezes em uma postura nada ergonômica! Com isso, as dores em punhos, na coluna e tendinite em criança ficaram cada vez mais frequentes.
Por isso, os pais e responsáveis devem ficar atentos à postura da criança ao sentar, e evitar tempo excessivo de celular e videogame. A utilização desses aparelhos com movimento repetitivos pode causar inflamações que acometem os músculos, ligamentos e tendões.
Além disso, o uso de telas pode ser prejudicial para o desenvolvimento e para o sono. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o limite máximo de 2 horas por dia para crianças entre 6 e 10 anos, e até 3 horas para os adolescentes entre 11 e 18 anos – ou seja, nada de virar a noite jogando, para não atrapalhar as atividades diárias!
Como evitar a tendinite em criança?
Invista em conforto para os momentos em que seu filho estiver no computador ou videogame. Na hora da aula online, a criança deve digitar em teclado não plano, sentada com os joelhos dobrados a 90 graus e com os pés firmes no chão – se ela não alcançar, coloque um banquinho ou um apoio próprio. O monitor deve estar na altura dos olhos e mantendo distância adequada.
“Mas e no caso do controle do videogame e do celular?” Esses equipamentos foram feitos para encaixar nas mãos, então não temos muito como fugir: a solução é evitar o excesso, diminuir tempo de uso e intercalar as atividades. Proponha horários para o uso dos aparelhos e incentive opções de lazer ao ar livre, se possível, e fora das telas.
Caso surjam dores, evite esse movimento repetitivo e medicar por conta própria – isso vale para todos os remédios, inclusive os analgésicos, mas principalmente para os anti-inflamatórios!
A avaliação do especialista é fundamental para investigar a causa e excluir doenças mais sérias, que podem levar a sequelas nas articulações e em outras partes do corpo, como olhos e coração.
Seu filho se queixa de dores e tem sintomas similares aos que comentei? Agende uma consulta comigo! Vamos avaliar o quadro, excluir causas reumáticas e prescrever o tratamento necessário.
E não se esqueça: nada como mudar os hábitos e instituir uma rotina mais saudável para evitar que a criança ou adolescente seja cometido!