Esse é uma dúvida muito comum entre os pais e responsáveis.
O momento certo a gente já sabe: após os 2 anos de idade! Esse é o ideal, pois quanto mais cedo o pequeno tiver contato com o açúcar, mais risco de desenvolver obesidade infantil, diabetes e outras doenças crônicas.
Oferecer açúcar para crianças precocemente também atrapalha o paladar, e dificulta a introdução alimentar. Sendo assim, o ideal é que crianças menores de dois anos tenham contato apenas com o açúcar natural presente nas frutas, legumes e leite.
Após essa idade o consumo está liberado, mas em pequena quantidade; podem consumir até 25 gramas de açúcar por dia (mas não tem a necessidade!), e essa quantia já conta os alimentos com açúcar adicionado, como bolos, macarrão, doces, pães, entre outros. Quanto menos açúcar e, principalmente, quanto menos industrializados ou ultraprocessados for o alimento, melhor.
E qual é a melhor opção de açúcar para crianças? Existem algumas variedades do produto no mercado, e por isso vem a dúvida. A verdade é que não existe o tipo liberado, afinal açúcar é açúcar, quando utilizados, devem ser com cautela.
Entenda a diferença entre eles:
• Açúcar refinado (branco) – o pior! Durante a fabricação são adicionados muitos produtos para chegar na coloração branca, quanto mais processado pior, então esse deve ser o mais evitado! É o açúcar presente nos alimentos industrializados.
• Açúcar cristal – muito semelhante ao açúcar refinado, e contém muitos aditivos.
• Açúcar orgânico – não contém produtos artificiais em sua fabricação e não passa pelo processo de refinamento;
• Açúcar demerara – É considerado um dos mais saudáveis, não contém aditivos químicos e tem o sabor parecido com o açúcar mascavo;
• Açúcar mascavo – é feito por meio do cozimento da cana, que vira um melado e depois se transforma no açúcar, sem aditivos químicos, tem um gosto característico, bom para ser usado em receitas;
• Açúcar de coco ou de beterraba – opções mais naturais, também sem aditivos. Menos “doces”, mas cuidado para não usar em maior quantidade;
• Mel – Pode ser usado no lugar do açúcar, sem aditivos químicos e tem um índice glicêmico menor.
Açúcar é açúcar!
Por mais que os pais façam uma análise antes de oferecer açúcar para crianças, para saber qual deles é o mais indicado ou que pode trazer menos malefícios a saúde dos pequenos, é importante ressaltar que tudo em excesso faz mal para a saúde.
O açúcar é um alimento muito calórico, por isso, a melhor escolha é sempre oferecer alimentos que não contêm açúcar em sua composição ou substituir sempre por frutas. Se o pequeno não conhecer o gosto do doce, ele não vai desenvolver o paladar e o desejo pelo açúcar!
E os adoçantes artificiais? Nem sempre são uma ótima substituição do açúcar; antes de oferecer esses tipos de produtos para as crianças, converse com o pediatra. Nos casos de crianças com o aumento dos triglicerídes ou crianças diabéticas, eles podem ser recomendados, mas é necessário sempre o acompanhamento e a orientação do especialista – inclusive, meu colega Dr. João Ferro, endocrinopediatra da Pueritia, já falou sobre o tema por aqui.
Ou seja, precisamos entender que o consumo consciente tem que começar desde cedo entre as crianças!
Família: um ótima oportunidade para uma reeducação alimentar!
Não ter em casa alimentos ultraprocessados e com muito açúcar é a principal estratégia para reduzir esses itens para as crianças.
Principais vilões: refrigerantes, sucos de caixinha, bolachas recheadas, petit suisse!
Sempre procure um pediatra para as orientações corretas sobre o açúcar para crianças!