Composto lácteo, leite de vaca ou fórmula: o que o bebê deve tomar?

Postado em 10 de maio de 2021 por .

Não há dúvidas de que o leite materno é a melhor opção para os bebês, mas sei que nem sempre a amamentação é tão simples e fácil para todas as mamães. Em alguns casos, quando indicado pelo médico, há várias outras opções no mercado, mas com rótulos e descrições tão pequenas, como saber qual oferecer e suas diferenças?

Primeiramente, vale ressaltar que o aleitamento materno deve acontecer de forma exclusiva até os 6 meses de idade e, se possível, de forma complementar até os 2 anos da criança.

Mas, como nem tudo são flores, as vezes isso não é possível e ainda bem que temos outras soluções. Quando a criança precisa, há outros substitutos para se desenvolver bem e crescer saudável, especialmente no primeiro ano de vida, momento de crescimento acelerado que demanda uma nutrição adequada.

Qual diferença entre fórmula e composto lácteo?

As fórmulas são regularizadas pela ANVISA e seguem o CODEX alimentar, ou seja têm quantidade mínima e máxima de nutrientes permitidos para cada faixa etária. Além disso, tem que ter sua composição comprovada por análise e estudos científicos.

Elas são classificadas de acordo com a idade: as chamadas “de partida” são indicadas do nascimento até os seis meses; as “de seguimento”, a partir dos 6 meses; e as fórmulas “de primeira infância”, para crianças de 1 a 3 anos.

Apesar da indicação da faixa etária, também temos as fórmulas “especiais”, indicadas para algumas doenças e sintomas específicos. Por isso é sempre necessário que o pediatra faça uma avaliação para indicar o melhor produto de acordo com a necessidade de cada criança.

Os compostos lácteos e o leite de vaca são regularizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Os compostos lácteos não têm recomendação específica por faixa etária, mas são contraindicados para menores de 1 ano. Eles seguem apenas as exigências mínimas de proteínas: devem apresentar no mínimo 51% de ingredientes lácteos e adição opcional de vitaminas e minerais, gorduras e fibras, e podem apresentar adição de açúcares e aditivos alimentares como emulsificantes e estabilizantes.

Essa normatização envolve todos os mais de 30 tipos de compostos lácteos registrados no Brasil, porém existem compostos definidos pelo MAPA como “Composto lácteo SEM ADIÇÃO”, cuja elaboração exige 100% de ingredientes lácteos.

O que eu quero dizer com isso?! Existem “compostos e compostos” no mercado, alguns excelentes, com composição nutricional adequada e acréscimo de micronutrientes, vitaminas, gorduras específicas que podem estar deficientes na dieta de certas crianças; enquanto existem outros produtos também denominados compostos lácteos que são totalmente inadequados! E, obviamente, que aqui quando me refiro ao uso de compostos estou me referindo apenas a esses compostos sem adição, que são nutricionalmente adequados!

De forma geral, tanto os compostos sem adição quanto as fórmulas não são obrigatórios, mas podem ser necessários dependendo do caso da criança. Lembrando que esses substitutos só são recomendados depois que todas as possibilidades de amamentação forem esgotadas – afinal, nada se compara ao leite materno em todos os quesitos!

O leite de vaca não é recomendado para crianças menores de 1 ano devido ao alto teor de ácidos graxos saturados, baixo teor de ácidos graxos essenciais, oligoelementos e vitaminas D, E e C, menor biodisponibilodade de ferro e zinco e altas taxas de sódio e proteínas.

Resumindo: Após 1 ano de idade, se não for possível manter o aleitamento materno, temos a possibilidade de usar tanto as fórmulas de primeira infância como determinados compostos lácteos sem adição, assim como leite de vaca integral.

O que vai determinar qual será usado?! As necessidades nutricionais da criança e as condições financeiras da família! Portanto, consulte sempre um profissional e não tome decisões sozinha. Apesar dos produtos estarem nas prateleiras dos mercados, é necessário saber o que é indicado para cada idade e caso – e somente o médico vai poder dizer.

Está com dificuldade de amamentar o seu pequeno e tem dúvidas sobre o tema? Agende uma consulta comigo – vou adorar ajudar a sua família e dar todo o suporte para a sua criança crescer saudável!